Marília, São Paulo, e reside em Campinas há muitos anos.
É formada em "Letras Vernáculas e Inglês" pela UNESP. Professora Efetiva de Inglês, aprovada em Concurso Público Oficial do Estado de São Paulo em 1979, lecionou na rede Estadual de Ensino em Campinas, São Paulo até 1995, quando decidiu dedicar-se somente a literatura infantil e juvenil.
Foi cronista do jornal "Correio Popular" e também Assessora Cultural na Delegacia Regional de Cultura de Campinas. Publicou seus primeiros livros infantis em agosto de 1988 ("Cara de Pai", Loyola, "O sopão da Bruxaluca" e "A Tarta-luga", Editora Vozes).
Em 1989 recebeu da APCA o título de "Melhor Autora em Literatura Infantil" com seu livro "Mago Bitu Fadolento", Edições Loyola.
É autora de dicionário bilíngüe Português/Inglês, Inglês/Português em co-autoria com Terrence Edward Hill (Dicionário Ilustrado Júnior, Atual Editora) e da coleção bilíngue “biclássicos”, pela Editora do Brasil.
Com Viviane Marques, publicou a coleção de didáticos em Inglês pela Atual Editora, “WHAT’S UP?”.
Telma já publicou mais de 170 títulos entre infantis, juvenis, em Português, Inglês e Espanhol, por várias editoras: FTD, Saraiva, Scipione, Ática, Editora do Brasil, SM, Moderna, Dimensão, Positivo, IBEP-Nacional, Paulus, entre outras.
O local de trabalho da Telma é bem inspirador! Pinóquios, fantoches, o Patinho Feio - já transformado num lindo cisne, princesas, príncipes, Mozart, bonecas... Todos convivendo na maior harmonia. Telma acha muito bom trabalhar num ambiente colorido assim. A cada olhar, uma história. Na janela da frente, mais ideias oferecidas pela amiga natureza.
De noite, enquanto dorme, os personagens devem bater longos papos, pulando pelas prateleiras, inventando suas próprias histórias, não acha?
Um mês antes do Natal, dia 25 de novembro, em 1955.
Marília, SP.
Em Campinas, SP.
Bezerra de Menezes (1o/5o.ano), Instituto de Educação Monsenhor Bicudo (até o Ensino Médio), Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Maríla, UNESP, onde cursei Letras Vernáculas e Inglês.
Tenho boas lembranças de todas as escolas, especialmente do “Educandário “Bezerra de Menezes” e da minha diretora, Dona Guiomar, pessoa boníssima, porém enérgica. Um dia, acabei fazendo uma história que tem muito da dona Guiomar....”A alegria da classe”, Atual Editora. Foi minha forma de homenageá-la!
Creio que sim, especialmente em Português e Desenho. Sempre gostei de redações; era uma aluna bem criativa, mas com dificuldades em Matemática, Física e Química. Também não era boa em Inglês, mas depois que decidi fazer um curso de Inglês, melhorei muito. Por esse motivo acabei cursando Letras. Também fui aluna de intercâmbio em Covington, Georgia, EUA, o que ajudou bastante.
Meu pai “americano” era diretor da escola onde fiz o “high school”. Foi uma época bem legal da minha vida! Jerry (pai) Sandy (mãe) Karen e Eric.
Foi lá que tive o primeiro contato com o grande autor Edgar Allan Poe. Fiquei apaixonada por seus contos de terror e mistério. Nunca iria imaginar que um dia faria adaptações bilíngues de alguns de seus contos!
O fato de ter sido aluna de intercâmbio ajudou bastante na elaboração de um livro, “An American host family”, que fala da experiência de um aluno brasileiro ao morar nos Estados Unidos.
Minha infância foi bem tranquila. Posso dizer que tranquila até demais! :-) :-) :-) Era bem desajeitada nos esportes e nem aprendi a andar de bicicleta, como minhas amigas. Muitas vezes, criava textos em que eu, a personagem da história, fazia uma porção de coisas. Isso me dava um enorme consolo! Me sentia bem melhor!
Sempre fui bastante extrovertida. Um zero no esporte, não aprendi a andar de bicicleta, não conseguia subir em árvores....Então, comecei a escrever logo cedo. Já que não conseguia fazer o que minhas amigas faziam, escrevia! Nas minhas histórias, sim, eu podia andar de bicicleta, ser a número um nos esportes! Tive alguns diários....Diário é sempre um bom canal para o desabafo, contar sobre sua vida, os amigos, namorados.
Minha mãe e meu irmão viviam dando uma espiada nos meus diários, olha só....E até davam alguns risadas das coisas que eu escrevia. Ou ficavam bravos, se tinha aprontado alguma. Acho que por esse motivo comecei a escrever bem cedo.
Mais tarde, já casada, minha mãe entregou meus diários para mim. Eu já havia publicado alguns livros infantis. "Quem sabe assim, depois de dar uma lida em seus diários, você escreve algo juvenil?, ela disse. Portanto, acho que o primeiro empurrão para a literatura juvenil foi dado por minha mãe! “Rita está crescendo", Atual Editora, foi meu primeiro livro juvenil, lançado três anos depois dos três primeiros infantis. Foi publicado em 1990!
Quando era adolescente, gostava de pintar, também. Mas como sempre tive pressa, não tinha paciência de esperar secar. Até hoje, quando não estou escrevendo, estou desenhando algo....Gosto muito de aquarela, pois seca rapidamente!
Sim, dois. Minha irmã Diva e meu irmão Fábio.
Nossa, são tantos! A Bíblia é meu livro de cabeceira. Histórias românticas, de amor...Tem de tudo um muito. É um livro que me fascina e nunca me canso ao lê-lo.
Gosto muito de Edgar Allan Poe. Poe, escritor norte-americano, é considerado o precursor das histórias de terror e mistério. Foi por isso que escolhi algumas de suas histórias para compor CONTOS DE TERROR E MISTÉRIO e e outras tantas para o HISTÓRIAS ASSOMBROSAS.
Também gosto muito de Arthur Conan Doyle, de quem adaptei AS AVENTURAS DE SHERLOCK HOLMES.
Essas preferências literárias acabaram me orientando nas escolhas que fiz para compor a coleção Biclássicos: de Júlio Verne, adaptei VOLTA AO MUNDO EM OITENTA DIAS; de Mark Twain, AS AVENTURAS DE TOM SAWYER; de Lewis Caroll, ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS.
São muitos os autores que gosto: Walt Whitman, Emily Dickinson, Machado de Assis, Monteiro Lobato, Mário Quintana, Carlos Drumond de Andrade, Carlos Heitor Cony...
São duas: azul e preto!
Amo massas e peixes, principalmente bacalhau. Do lado de minha mãe, Italianos. De meu pai, Português. Então massas e peixes caminham lado a lado!
Gosto de cozinhar nos finais de semana, para a família. Acho que eles curtem a minha comida. Pelo menos ninguém reclama!
Pai, mãe, irmãos...Família tão bacana, de superleitores! Minha mãe tem dez irmãos e meu pai, cinco. Ao todo são quarenta primos bem unidos! Nos encontramos sempre, nas horas felizes e nas tristes também. São tantas histórias pra contar!
Muito da minha família está no livro "A porta do meu coração", Editora Saraiva.
É meu livro mais autobiográfico. Também algumas coisinhas estão espalhadas por aí..."O caderno de perguntas de Rebeca" (tem muito de minha filha caçula, Ana Maria).
E várias “aprontadas” do mais velho, Cleso, em romeu@julieta.com.br, Editora Saraiva.
No "Coração na rede", um tantinho da Mariana, minha filha do meio...
Escritor é assim, é sempre um pouco o personagem....Quando não coloca os familiares, põe ele mesmo. E pronto!
Venho de uma família grande: minha mãe teve dez irmãos; meu pai, cinco. Ao todo, são quarenta e dois primos, só do lado dela! Família grande tem muita história para contar!
Minha cachorra Mel (para mim, ela era da família..rs) é a personagem principal de "Toninho", Atual Editora. Estou também em "Rita está crescendo", Atual Editora. A "Rita" sou eu! No "O diário (nem sempre) secreto de Pedro", Atual Editora, há um mix, digamos assim, de familiares: meu afilhado Pedro, meu filho Cleso, meu cunhado Paulo. Todo mundo junto.
Bem, a Rose tem bastante de mim! Fui Professora da Rede Estadual de Ensino (era Professora de Inglês). Quando comecei essa história, decidi que seria bem melhor mudar a disciplina para Geografia. Emprestei alguns livros de uma amiga, Professora de Geografia do colégio onde lecionava e, a partir de um capítulo sobre "Canudos", comecei a história. Baseei-me nas redações escritas por meus alunos durante uma aula para dar o pontapé inicial na história. A Rose pontua os meus questionamentos como Professora de uma escola pública, meus anseios, minhas frustrações.
Sou, sim! Meu marido é médico oftalmologista e moramos em Campinas, São Paulo. Temos três filhos: Clesinho, também oftalmologista, Mariana, advogada e Ana Maria, oncologista.
Também temos uma neta que se chama Júlia. Ela é uma grande fonte de inspiração, pois é através de nossas conversas que consigo alinhavar novas histórias.
Tenho, sim. Chama-se Belinha e é um labrador chocolate. É levada pra caramba! Já comeu uma meia e teve de operar o estômago para retirá-la! É ela quem reina aqui em casa atualmente!
Também tivemos um Fox chamado Bob, que fugiu de casa. Nós nunca o encontramos. Charlô era da raça boxer e morreu com seis anos. Uma pena!
Quando saímos do apartamento e viemos para essa casa, onde moramos até hoje, ganhamos um pastor com labrador chamada Mel. Mel teve linfoma e, apesar do tratamento quimioterápico que fizemos, ela se foi aos sete anos. Desconsolados pela partida da Mel, decidimos adotar "Belinha". Mel ganhou uma história: "Toninho", Atual Editora. A história não é toda da Mel, mas algumas coisas são.
A partida da Mel gerou outra história. Precisava falar sobre essa perda (entre outras tantas que a vida nos prepara!)...Assim, nasceu "A viagem de Fofo", da Editora do Brasil. Algumas coisas reais, outras não. A perda é bastante difícil de elaborar e, falar sobre ela foi bom para o meu coração. Espero que para o seu também! Não é uma história triste, não. Tem passagens bem engraçadas! Quem é "Fofo"? "Fofo" era o nome do cachorro de um primo, que marcou as nossas férias na praia. Ele era um cachorro enorme e bem bagunceiro.
Aproveitei o nome dele, mais um fato ocorrido com um casal de primos que também ficou triste com a partida de seu cãozinho, juntei pedaços de mim, da Mel e de todos os cães que se foram... E costurei a história com trechos engraçados, ora tristes. Nossos animais de estimação sempre deixam boas pegadas no coração da gente, não é mesmo?
Ir à livraria e ao cinema. Parece que estou num mundo mágico, cheio de personagens que saltam das páginas, que mexem com meu imaginário. Volto para casa revigorada, com mais vontade ainda de escrever!
Procuro ler bastante... Livros infantis e juvenis, não só em Português, mas em Inglês também. Quando se lê bastante, as ideias vêm com mais facilidade. Frequento as livrarias para ver os lançamentos, procuro temas que ainda não foram bem explorados. Foi assim, por exemplo, que surgiram as coleções "Coisas de criança", Editora do Brasil, e "Para aquecer o coração", Formato Editorial.
A leitura de jornais e revistas também ajuda bastante. Um dia, ao ler uma reportagem sobre uma mulher que tinha um porco de estimação, pensei numa história! E não demorei muito para concluí-la! Assim nasceu o livro "Uma história meio porquinha", da Formato Editorial.
As ideias também são pinçadas das nossas memórias, dos eventos familiares, de coisas que ouço por aí, das viagens que faço. Costumo dizer que "um coração aberto e um bom ouvido fazem muito a diferença!" É claro que a imaginação ajuda muito....E para aguçá-la, nada melhor do que ler, ler, ler.
Lia muitas histórias aos meus filhos, quando pequenos. Aos poucos, passei a inventá-las também. Como acabava esquecendo o que criava, comecei a anotar tudo em cadernos. Depois de anotar as histórias, passava-as a limpo. Com o tempo, decidi enviar os textos para algumas editoras. Foram muitos "nãos" durante os quatro primeiros anos, até que um editor gostou e publicou um dos textos. Num mesmo ano, publiquei três livros. E não parei mais até então!
Na maior parte do tempo começo depois do almoço. De manhã, cuido da casa, dos afazeres de qualquer mãe de família. De uma a duas vezes por semana vou até à livraria para ver as novidades. Escolho alguns livros, leio, tomo um café, curto as ilustrações. É hora de ver o que há de novo por aí. Foi assim, por exemplo, que descobri, numa dessas tardes, que não havia nenhum livro sobre "administração de mesada".Assim nasceu "A economia de Maria", da Editora do Brasil.
Inspiração é sempre tão difícil de "pintar" no meu pedaço. Posso dizer para quem está interessado em escrever, que é preciso "cutucar" a inspiração....Com livros, jornais, filmes...Mesmo as histórias familiares....Aquele tio contador de casos sempre tem uma boa história pra contar. Ouvido atento é tudo-de-bom! Papel e caneta na mão ajuda bastante nessas horas!
Depende da minha rotina. Às vezes tenho muitas viagens e isso atrapalha o andamento de um texto. Mas é tão bom falar, ver, estar com os leitores que, ao voltar, tenho sempre mais uma ideia para colocar nessa história....Ou algo novo para o próximo texto!
Se eu consigo terminar um juvenil em um ano, ainda há o tempo da espera pela publicação. Explico: a leitura crítica da editora leva tempo. Se aprovado, demora outro ano para ser editado. Muitas pessoas vão trabalhar no texto: o editor, o preparador, o diagramador, o ilustrador. Esses profissionais do livro tratam dele com todo o cuidado. E isso leva tempo. Há todo um cronograma da editora a ser seguido e demorei um tempo para compreender isso.
Para aquele que pretende publicar um livro, posso dizer: "Tenha paciência e nunca desanime!»
Uma prova de muita paciência é o tempo que levei para escrever o livro "Infância roubada", da Editora FTD. Foram três anos escrevendo, reescrevendo, pesquisando... Se tivesse desistido, o livro não teria sido publicado, certo?
Costumava viajar mais. Agora tenho dividido meu tempo assim: num semestre escrevo; no outro, aceito mais convites para palestras. Assim, consigo um equilíbrio entre trabalho e prazer. De qualquer forma, não há prazer maior do que falar com meus leitores!
Sim, recebi o APCA (Associação Paulsita de Críticos de Arte), em 1989, pelo livro "Mago Bitu Fadolento", das Edições Loyola.
Muito. Meu pai sempre assinou muitos jornais ( isso ele faz até hoje) e revistas. A biblioteca da escola era excelente e na minha cidade existiam duas boas livrarias. Eu podia comprar o que quisesse. E comprava muito! Até hoje guardo, com carinhos, os livros que comprei.
Pergunta difícil...Os personagens são como filhos....A gente gosta igual. Um é mais engraçado, o outro mais quieto...Posso dizer que gosto de todos! Preciso dizer que um dos personagens, CELESTE, do livro A INVENÇÃO DE CELESTE, tem me dado muitas alegrias!
Ela será a mascote de uma ação pioneira da editora. Um estúdio especializado desenvolveu uma fantasia sob medida, para que uma atriz professional "encarne" a personagem. Celeste visitará as escolas, vai conversar com os leitores através de um chat e ainda terá um blog!
Há vinte e oito anos. Lancei o "Cara de Pai", Edições Loyola, em agosto de 1987.
São cento e setenta livros, divididos assim: infantis em Português e Inglês, juvenis em Português e Inglês, didáticos de Inglês, um dicionário bilingue, juvenis em Espanhol.
Nada é fácil. O infantil talvez seja mais rápido, pois o texto é menor. Mas já levei um tempão escrevendo e reescrevendo um texto infantil. Levei quatro anos escrevendo e reescrevendo "Tião carga pesada". E é um livro infantil!
Fui Professora de Inglês durante muitos anos. Amo a Língua Inglesa e escrever em Inglês é mais uma fonte de prazer para mim. Além do mais, gosto de desafios. E todos esses livros foram grandes e prazerosos desafios para mim!
Primeiro de tudo, invista em você. Leia, leia e leia. De tudo: romance, aventura, ficção, o que pintar pela frente. Frequente bibliotecas, livrarias. Não deu para comprar livro novo? Compre usado. Os sebos são ótimos lugares para isso. Comece a escrever um diário. Diários são ótimos relatos.
Se a sua vida é monótona, aproveite o momento e crie diversão. Uma história engraçada no meio, um amigo detetive, um cachorro bagunceiro. Mostre o diário aos amigos e familiares. Sempre há alguém que dê palpite, sugestões. Passe a limpo. Não tenha preguiça de refazer. Inscreva sua história em concursos. Quando achar que seu texto está "no ponto" e que há uma enorme torcida para aquele "não tem mais história pra gente ler?”, talvez seja a hora então de enviar seu texto para uma editora.
Procure, na internet ou nos catálogos, os endereços das editoras que publicam textos na mesma linha que o seu. Afinal, de nada adianta enviar um texto infantil para uma editora que só publica livro adulto. Tente saber se a editora tem uma boa divulgação no país, veja as capas dos livros e seu conteúdo. Se encaminhar para três editoras ao mesmo tempo, as três podem aceitar o seu texto. E daí? Como decidir? Se puder segurar a ansiedade, mande para uma delas primeiro. Depois, se receber uma negativa, envie para a segunda e para a terceira, ou quarta. Não desanime! Nunca!
Hoje em dia, sim. Arrumei um cantinho bem calmo, no segundo andar da casa. Tenho uma vista linda de árvores e flores. Mas durante mais de dez anos escrevi num quartinho que não tenha mais de cinco metros quadrados, com uma janela minúscula. O que importa não é a beleza do local, mas o silêncio e a paz que ele te dá para escrever.